terça-feira, 25 de agosto de 2009


EPITÁFIO:

Caí e tantas vezes me refiz...

Do surrado espírito por fim

Na indomável treva um matiz

Forte erva cresceu assim

Forjado no fogo e frio

Sovado pelos ventos do pensamento

Na inconstante hora do perdão

Que alimenta o sentimento

Reforçando no peito a razão

Abandonei lágrimas inúteis

Sonhos, delírios vãos

Recolhendo pedaços úteis

Caminhando e aprendendo então,

Aparto meu ser

Dos sofrimentos e ais,

Passo a somente numa força crer

Lamentos, no fundo banais

Abandono por não tecer

Um futuro ou presente instante

Onde minha alma pudesse aquecer

O ânimo infante quase puro

Que ainda restava por nascer...

- Morceguinha Midnight, 25/08/09.

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