EPITÁFIO:
Caí e tantas vezes me refiz...
Do surrado espírito por fim
Na indomável treva um matiz
Forte erva cresceu assim
Forjado no fogo e frio
Sovado pelos ventos do pensamento
Na inconstante hora do perdão
Que alimenta o sentimento
Reforçando no peito a razão
Abandonei lágrimas inúteis
Sonhos, delírios vãos
Recolhendo pedaços úteis
Caminhando e aprendendo então,
Aparto meu ser
Dos sofrimentos e ais,
Passo a somente numa força crer
Lamentos, no fundo banais
Abandono por não tecer
Um futuro ou presente instante
Onde minha alma pudesse aquecer
O ânimo infante quase puro
Que ainda restava por nascer...
- Morceguinha Midnight, 25/08/09.
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